Vagão Alternativo – Falsas Memórias
Olá, seres providos de carbono e amoníaco, como vão?
Devo estar começando a coluna de forma repetida… Espera, será mesmo? Ou meu cérebro se convenceu disso com base em uma alusão de pensamento repetido e que se fez incessante por certo tempo?
Pois é, crianças, é exatamente disso que iremos falar hoje: Falsas Memórias.
Por acaso já teve a impressão de que já havia feito algo que nunca fez, ou mesmo de algum acontecimento em sua vida que nunca chegou a acontecer? Essas são as chamadas falsas memórias…
Certa vez, em plena segunda guerra mundial, um assessor de Hitler pronunciou a seguinte frase: “Uma mentira contada várias vezes se torna verdade”. E não é que ele estava certo! Vários estudos comprovaram que o ser humano tem, por gene evolutiva, a necessidade de se manter em grupo, devido a isso, aceitamos os parâmetros impostos por alguma voz de confiança, ou seja, se, quando criança, sua mãe lhe dissesse que as nuvens são feitas de algodão, você iria acreditar e contaria para algum amiguinho que, por sua vez, contaria para outro e isso iria se propagando até crescerem e descobrirem que não era verdade.
Outro grande exemplo disso é o chamado “boato”, ou “fofoca”.
Entretanto, o ponto que eu quero abranger é singular. Você! Sem dúvidas, já esteve convencido de algo que nunca aconteceu, e não estou falando de “Deja Vis” ou “Deja Vus”, o fato é que, quando nos apegamos muito a alguma cena, seja por desejo que ela tenha acontecido, por algum sonho que tenhamos sonhado, acabamos nos convencendo que ela é real, isso indiretamente, coisa daquele salafrário do subconsciente. >.<
Quando digo “você” não me excluo do contexto… Quando era menor, eu tinha a lembrança nítida de ter ganho um “pianinho” de brinquedo, mas nunca soube o que foi isso, é como uma linha tênue de um sonho que trazemos para a realidade sem perceber a dimensão espaço-tempo da coisa toda e isso se faz “verdade” até que entendamos essa barreira.
Ok, não se desesperem, esse tipo de coisa é normal de acontecer, não com frequência, mas é. Ninguém é um desprovido mental por aceitar suas falsas memórias, é tudo uma grande confusão das cadeias do raciocínio. O problema é a fuga entre elas, em busca de um conforto à base de exclusão de memórias seguida de aderência a uma realidade alternativa, essa, por sua vez, quando inerte e imutável em “sã” crença, sim… isso é transtorno mental.
Bom, meus pequenos humanoides cheios de células e neurônios, vou ficando por aqui e continuem viajando! 😉