Vagão Alternativo – Aprendendo a aprender
Olá, seres providos de carbono e amoníaco, tudo bem?
Já faz um tempo que vejo uma mesma matéria circulando por tantos sites desta nossa gigantesca teia de conteúdos aleatórios. Um belo dia desses, resolvi clicar para ver do que realmente se tratava e, olhe só, era exatamente o contexto que imaginara eu encontrar…
O título era muito parecido com o da coluna de hoje e trazia umas cinco dicas de como aprender qualquer ciência humana já inventada. Ótimo… Mas, trago-vos uma chave diferente, que abre a fechadura da tão “incompreensível” aptidão direcionada.
Vamos falar sobre o aprendizado;
Certo. Nosso cérebro entende todas as funções como uma seqüência, em ordem distinta para as demais aplicações, sejam elas motoras ou apenas esquemas lógicos em parâmetro mental. Quando aprendemos algo, o raciocínio compreende a ordem que as incógnitas devem ser realizadas. Ou seja, aquela torta de maçã que sua mãe te ensinou a preparar ficou gravada em seu aprendizado por dois motivos: O primeiro já citado, qual o cérebro entendeu a ordem dos acontecimentos para se obter tal produto final e segundo, pois a afinidade com sua mãe ajudou imensamente para que essa ordem fosse gravada pelo racional.
Então, entramos naquele velho parâmetro estudado pelos educadores que: Para que o aluno aprenda, ele tem que ter afinidade com o professor e vice versa.
Mas seria só isso?
Não. Tem um ingredientezinho a mais nessa mistura. Estão prontos? O segredo será revelado… Posso?
Ok, lá vai, se trata da… (Rufar de tambores)… DISPONIBILIDADE!
Exato, crianças, sem ela o aprendizado é impossível. Acontecem muitos episódios em que ela anula o trabalho de um mestre, caso contrário não haveriam autodidatas e tantos estudos sendo feitos por conta própria. Outra coisa que gostaria de desmitificar é a questão do “dom” natural qual alguém já nasce com o mesmo… Na verdade, não “nasce-se com um dom”, e sim com uma facilidade maior com que o cérebro assemelhe o lúdico a determinada área para que, pondo-se disponível, o aprendizado seja muito mais fácil.
Acontece que, a partir do momento em que você se coloca disponível a aprender qualquer coisa, essa coisa será agradável a você, logo, seu cérebro entenderá a ordem seletiva para se obter o resultado.
Claro, não é tão fácil quanto parece. Um adolescente que acorda pela manhã e se senta frente uma carteira e diz “Hoje eu vou aprender Física de uma vez por todas”, pode não ter um bom resultado na primeira tentativa. Justamente, por que quando nos colocamos disponíveis a algo, significa que procuraremos um jeito de que nosso cérebro entenda que aquilo é interessante, que pode ser útil, que é divertido ou coisas desse tipo.
O estudo em uma língua estrangeira pode focar músicas, seriados e afins. Precisamente por fazer com que o raciocínio do estudante aluda a algo prazeroso para ser absorvido.
Muitos levam a obrigação como foco, a necessidade de se saber. No meu ponto de vista, isso pode atrapalhar muito no aprendizado, ocasionando um conhecimento forçado que poderá, além de não ser pleno, ser falho e deixar a desejar.
A Disponibilidade, pessoal, é uma chave banhada em ouro, vale muito e é alta condutora. Cabe a nós saber usá-la.
Falo por mim, como professor, que causar vislumbre e contentamento para tornar o raciocínio disponível é muito mais frutífero do que empurrar matéria goela abaixo.
Busquem um ponto para se apegar no que querem aprender, seja ensinado por alguém, seja em um estudo por conta própria. O que cabe a mim, pode não caber a ti, por isso, coloque-se disponível de sua forma e verá que pode aprender o que quiser!
Hasta para todos, meus queridos humanóides respiradores assíduos de O2 ^^
E continuem viajando!