Tecnologias Vestíveis

Fala galera do Locomotech! Sentiram saudades? Não precisam mais! Cá estou eu novamente com um texto recheado de tecnologia para vocês. Bora lá?!? Vamo lá então!

Desde que o homem adquiriu a capacidade do raciocínio ele sempre buscou desenvolver meios de deixar atividades que exigiam muita força física, tempo ou que estavam sujeitas a intempéries e condições da natureza mais simples, sendo assim não importa se isto é arcaico no nosso mundo moderno o ser humana pela questão da necessidade, sempre produziu tecnologia, mas na forma que nos referimos hoje só surgiu com o advento do computador. Esta tecnologia computacional é o que não falta no nosso mundo atual, pois muito está sendo desenvolvido em relação a informatizar a vida humana em todas as suas áreas de atuação, seja apoiando a ampliação do conhecimento humano em relação ao universo a nossa volta, seja buscando facilitar atividades diárias dentro da indústria ou de empresas aumentado a produtividade, seja melhorando os métodos de aprendizado do infantil ao acadêmico ou até mesmo no cotidiano de qualquer cidadão. Enfim, como disse no último texto que falava sobre as tecnologias que o filme “De Volta Para o Futuro” propôs e acertou, chegamos finalmente ao futuro, onde maquinas dão suporte a tudo que o homem faz, das coisas mais simples às mais complexas. Já está tão comum que estamos falando em “Wearable Technology” ou por aqui “Tecnologias Vestíveis” e é sobre isto que vou explanar no Locomotech.

Bom galera, se formos analisar a ideia não é nova, o próprio filme “De Volta Para o Futuro II” lançado em 1989, mostrava o filho do protagonista Marty McFly utilizando, no ano de 2015, uma jaqueta que adequava seu tamanho às proporções do corpo e um tênis que se auto amarrava, mas logicamente aqui era apenas ficção e você pode até dizer “Mas se é ficção não existiu nada de tecnologia vestível antes dos tempos atuais, certo? ” A resposta para esta pergunta é “existiu sim”.

Em 1961 um professor de matemática obcecado por Black Jack e por conta disto um estudioso de estratégias para jogar, desenvolveu um dispositivo do tamanho de um maço de cigarro composto por 12 transistores ligados por interruptores. Ele os escondia no sapato e com os dedos manipulava os interruptores para indicar o giro da roleta e onde iniciava a bolinha, e através de uma sequência de tons dizer onde apostar. Mas ele não era ganancioso e não foi muito mais além que isto. Um outro professor, de escola dominical e também engenheiro, foi e gastou mais de uma década de sua vida desenvolvendo aparelhos que pudessem auxiliá-lo em jogatinas. O primeiro dos aparelhos desenvolvido na década de 70, era um dispositivo de 16 bits que pesava em média de 6 kg e ficava preso em torno do abdômen. O aparelho contava as cartas para dizer através de luzes LED colocadas nos óculos, quando jogar e quando parar. Depois criou outro mais aprimorado que se utiliza de um dispositivo manipulado pelos dedos do pé onde ele inseria os valores das cartas e por um sistema de código morse dizia a melhor forma de jogar. Além de ter inserido uma câmera numa fivela ligada a um monitor de uma polegada (criado por ele mesmo) preso a uma camisa ver todas as imagens ao redor.Infelizmente em seus primórdios a tecnologia vestível tinha propósitos escusos, mas embora o começa tenha sido ilícito, hoje todos os dispositivos que estão surgindo procuram auxiliar as pessoas em seu dia-a-dia, tais como melhorar produtividade e eficiência de atividades, monitorar saúde ou facilitar a comunicação dando alertas de e-mails e ligações.

Eu acredito que já deu para você entender o que é tecnologia vestível, mas para reforçar vamos dar uma olhada na definição que Steve Mann, responsável por cunhar o termo em 1998, deu para esta grande ideia:

“Um computador vestível é um computador que está alocado no espaço pessoal do usuário, controlado pelo usuário, e possui constância de operação e interação, ou seja, está sempre ligado e sempre acessível. Mais notavelmente, ele é um dispositivo que está sempre com o usuário, e permite que o usuário digite comandos ou os execute, enquanto anda ou faz outras atividades”

Ou seja, por definição, uma tecnologia vestível é todo e qualquer dispositivo que está diretamente vinculado ao corpo do usuário, ao pelo menos por um período de tempo e enquanto tiver vinculado, poder através de sensores, circuitos e meios de conexão à rede, coletar, processar, emitir dados e gerar interação com o usuário através de interfaces de comunicação. Trocando em miúdos é todo computador que pode ser vestido com uma roupa ou adereço.

O termo é antigo e as primeiras tentativas ainda mais, mas só recentemente através da miniaturização de componentes de computador por conta da popularização dos smartphones é que foi possível alcançar tecnologia suficiente para criar computadores tão pequenos que pudessem caber em pulseira e relógios, por conta de tão pouco tempo de vida, a Wearable Technology produziu até o momento dispositivos como Pulseiras (Misfit, Fitbit Flex Jawbone, Nike Fuel Band), Relógios (Moto 360, Pebble Smartwatch, Samsung Galaxy Gear, Apple iWatch e Sony Smartwatch), Óculos (Google Glass e o HoloLens) e Trackers (Nike+, Adidas miCoach, Under Armour 39), mas nada muito além disto foi desenvolvido, embora já existam projetos que visem desenvolver itens como sapatos, camisetas, tops e outros peças de vestuário com sensores, circuitos sem fio conexão wireless e microprocessadores afim de aproveitar o máximo de informação que o corpo pode oferecer.

Dentre as áreas que estão se tornado tendências para tecnologias vestíveis estão fitness, destinados a monitoramento de atividades físicas; saúde, que são próprios para verificar sinais vitais; infotenimento, voltados para o lazer e estilo de vida; industrial, procuram aumentar o desempenho das atividades e coletar dados do ambiente de trabalho e militar, com fins militares, mas a tendências que indicam que teremos em um futuro próximo tecnologias infiltradas na pele, computadores conseguindo entender pensamentos e gestos e ainda maquinas ajudando a aumentar nossas capacidades em geral.

Mas para popularizar de vez mesmo as tecnologias vestíveis o grande desafio das empresas é torna-los atrativos e confortáveis o suficiente para ficarem “na moda” e não incomodarem durante o uso. Outra coisa que preocupa muito as empresas é o investimento em novas formas de energia, já que uma bateria igual à que utilizamos no nosso smartphones não conseguiriam atender a demanda de um apareço que tem que funcionar o tempo todo. Sem contar que um dispositivo não é absolutamente nada sem aplicativos e nada de extraordinário foi desenvolvido até o momento para tecnologia vestível, mas uma coisa é fato, muitos entendidos do assunto dizem que um aplicativo que transformara esta tecnologia em algo indispensável reunirá todas as funções de uma carteira, provendo uma identidade digital completa, permitindo realizar compras, fazer transações bancarias e ainda servir como chave de casa ou do carro. Mas o que pode facilitar a vida pode ser um problema por outro lado: a segurança. Com certeza a conectividade vai gerar o maior desafio dos desenvolvedores de software, pois com tanta informação importante rolando, aumentaram também os ataques virtuais já que tudo será digital. Sem contar que aparelhos roubados carregaram muitas informações pessoais.

Pouco se sabe sobre o futuro da Wearable Technology, mas a quem diga que em 5 anos o mercado estará em pleno vapor tanto para o dispositivo em si, quanto para os componentes e hardwares além de uma definição para a área de software, com o surgimento de um sistema operacional dominante próprio para este tipo de dispositivo, mas Wearable Technology está aí e veio para ficar.

É isto ai galera! Esta foi uma pequena pincelada de tudo o que está sendo falando sobre este assunto! Muita ainda vai ser falado aqui ainda! Aguardem e verão… um grande abraço!