Fala galera do Locomotech! Começo o texto de hoje dando saudações futuristas para vocês, afinal no dia de hoje estamos oficialmente no futuro! Aí você pode se perguntar “Por que estamos oficialmente no futuro hoje? ”. Você vai até achar que é por conta de uma descoberta tecnológica revolucionário que vai mudar o mundo para sempre, mas claro que a resposta será… não… afinal de contas estes avanços tecnológicos já vêm acontecendo a muito tempo, de forma gradual e com ciclos de evolução cada vez menores. Isto e tão verdade que antes, a tecnologia que demorava décadas para se modificar visivelmente hoje acontece em pouquíssimos anos. Quer um bom exemplo disto? O telefone foi inventado aproximadamente no ano de 1860 por um italiano, Antônio Meucci, mas foi um escocês, o famoso Alexander Graham Bell, que foi conhecido muitos anos por ser o inventor do aparelho, que desenvolveu a tecnologia na forma mais próxima a que conhecemos hoje. Enfim, nos seus primórdios o aparelho era muito arcaico, as ligações não eram feitas diretamente a outro aparelho e sim a uma central que não era automatizada como as de atuais, onde um operador realização uma serie deconexões de cabos para que a ligação fosse completada, o que podia demorar muito para acontecer. Levou mais de 100 anos desde a invenção do telefone até que o primeiro celular propriamente dito (totalmente móvel) fosse criado e no começo apenas fizesse ligações, hoje, apenas 3 décadas depois temos os smartphones que são largamente utilizados.

Mas agora voltado ao grande motivo pelo qual hoje estamos oficialmente no futuro, neste 21/out/2015, Marty McFly, personagem protagonista,interpretado por Michael J. Fox, da trilogia “De volta para o futuro”, chega com o carro DeLorean no que seria o seu futuro. Então galera, hoje vou falar do que este brilhante filme, mas especificamente o segundo, lançando em 1989, consegui acertar dentro das tecnologias, na época fictícias, que foram propostas.

Para começar vou falar de óculos, que a pouco era peças apenas para proteger os olhos do sol e corrigir disfunções de visão, que já tinha no filme utilizações mais elaboradas. Apareceram sendo usados para ver TV e davam alertas até de telefonemas. Estas funcionalidades já foram conseguidas por aparelhos como o Google Glass, um dos pioneiros, o HoloLens, que se parece um pouco com o do filme e o Oculus Rift, que é voltado para gamers, sendo que os dois últimos se utiliza de realidade aumentada.

Outra tecnologia imaginada, era objetos voadores que tinha a capacidade de fazer filmagens a grandes distancias. Hoje isto é possível graças a invenção dos drones, que nada mais são do que veículos aéreos não tripulados, que em uso civil possuem uma câmera acoplada e podem realizar filmagens a longas distancias e atingir grandes alturas. Um exemplo O Inspire 1, quadricóptero da empresa DJI, com uma câmera que filma em 4k, tomadas de 360° que podem ser transmitidas em tempo real com qualidade Full HD para smartphones ou tablets. Ele atinge altura de 4500 metros.

Mais um dos felizes acertos do filme foi o cinema 3D. As tecnologias de imersão estão evoluindo muito, a um nível que chega a dar a real sensação de estar dentro do filme. Ainda que a tecnologia mais popular ainda seja os óculos 3D, que já possibilita ver objetos serem projetados da tela dando a ilusão até mesmo de poderem ser tocados, já estão aparecendo outros meios de imersão como o Fulldome que se baseia na ideia de um planetário, onde a projeção da imagem ocupa todos os campos de visão, utilizando-se de 5 projetores com qualidade de imagem superior a Full HD.

Com certeza o homem sempre quis interagir com as maquinas não precisando opera-las manualmente e em “De volta para o futuro” elas eram operadas por comandos de voz. Coisa que hoje se tornou possível com sistemas utilizados em smartphones, tablets, smartwatchs e outros aparelhos. Temos atualmente Google Now do Google, Siri da Apple e Cortana da Microsoft. Eles são capazes de iniciar aplicativos, realizar discagens apenas dizendo o nome do contato para o qual se quer ligar e dar localizações em mapas dizendo o nome da rua.

E para você que adora jogar um game, uma cena mostra Marty McFly, jogando um game de tiro em 8 bits com um controle que era capaz de reconhecer os movimentos feitos no ar. Com certeza algo impossível na época que o filme foi lançando, mas hoje temos dispositivos como Kinect, um dos pioneiros na tecnologia, que é capaz de reconhecer até 48 pontos de articulação do corpo humano, reconhecer múltiplos jogadores e até mesmo dizer qual o musculo mais utilizado por uma pessoa.  Até então este é o sistema mais avançando de reconhecimento de movimento embora ainda existam dois que utilizem controle, o que cá entre nós não é tão legal quanto o Kinect. São o PS Move e o Wii Motion.

Quando a tecnologia dos computadores começou eles eram imensos chegando a ocupar grandes espaços, era os mainframes. Não era possível imaginar computadores para uso pessoal até 1971, quando o primeiro computador pessoal foi lançado. Uma década depois foram lançados os notebooks, mas eles só se tornariam como os conhecemos hoje em 1985. Mas já em 1989, muitas cenas mostram aparelhos que se pareciam muito com Tablet, sendo carregados por vários personagens. Os primeiros foram produzidos na década de 1990, mas só em 2010 apareceram os Tablets que se parecem mais com o do filme: foi o surgimento do iPad.

Uma das grandes tecnologias mostradas por De Volta para o futuro antes mesmo de ser inventada foi a leitura biométrica. Convenhamos que hoje é algo até bem comum, afinal de contas existem até mais de um meio de identificar pessoas com detalhes corporais únicos, tais como as palmas das mãos, as digitais e formatos do rosto e algumas tecnologias em desenvolvimento que pretendem usar até a íris dos olhos, sendo utilizadas em bancos, alguns hotéis e gadgets, e não se assuste se já tiverem lançando trancas para casas, mas imaginar isto no fim da década de 80 é genial!!!

Tirando estas tecnologias acima que já existem, outras estão em desenvolvimento ou prestes as serem lançadas. Algumas não são exatamente o que esperamos, para nossa infelicidade. É o caso do tão sonhado hoverboard: um skate sem rodas que aparecia no filme flutuando sobre qualquer superfície. Infelizmente até o momento o que chegou mais perto disto é o Hendo, que está sendo desenvolvida por um startup da empresa Arx Pax. Outra empresa que também está trabalhando em seu modelo, a Slide, é a Lexus. Ambas as empresas estão usando flutuação magnética e supercondutores para criar seus hoverboard, mas a grande problemática disto é que eles só conseguiriam flutuar em superfícies preparadas para isto. Existe um projeto que está buscando ir em outra direção e se utiliza de hélices para a sua flutuação é o Omni Hoverboards, que já consegui um recorde por se locomover a maior distância até hoje por um aparelho como este: 279,5 metros em um passeio de 1 minuto e meio. Havia lido a tempos atrás também, logo que o Hendo fui anunciado um startup que estava trabalhando em flutuação sônica, que poderia criar um hoverboard idêntico ao filme, mas não encontrei mais nenhuma referência a este projeto para minha angustia

.

Mas por outro lado os tão sonhados tênis que se amaram sozinhos vão sair… pelos menos é o que promete e foi confirmado ainda para este ano, por Tinker Hatfield, designer da Nike e também vice-presidente da empresa. Em 2011 a empresa já havia lançado o Nike AIR MAG, inspirado no filme, mas eles não se amarravam sozinhos e foram produzidas apenas 1500 unidades para ajudar a intuição de Michael J. Fox, portador de Parkinson, que realiza pesquisas e cuida de portadores da doença.

E por último e não menos importante, os carros voadores. Eles aparecem em larga escala no filme e com certeza é o sonho de muitos, mas ainda não são uma realidade, pelo menos não como os que aparecem no filme. A maioria dos modelos que estão em protótipo e fases de testes na sua maioria lembram mais aviões de pequeno porte e helicópteros do que carros, mas a propostas interessantes. Na disputam estão 4 empresas que prometem lançar seus modelos até 2017: a eslovaca Aeromobil com seu Aeromobil 3.0, a estadunidense Terrafugia trabalha no Transition e no sucessor TF-X, a também estadunidense Moler Internacional já está vendendo o seu modelo Skycar e a holandesa Pal-V com seu modelo One. Vamos esperar para ver o que vai sair daí né  galera!

Enfim galera! Espero que tenham gostado deste texto de boas-vindas a Marty McFly! E a todos vocês leitores: Bem-vindos ao futuro! Espero vocês no próximo texto. Um grande Abraço! Fui