Expresso do Oriente – Cosplay

Rafael Tanisho

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Fala galera! Aqui quem fala é o Héric, trazendo mais uma vez um vagão cheio de informação e entretenimento pra vocês! E essa semana começamos com a notícia de um acontecimento lamentável na Comic-con Experience… Se você está ligado nas redes sociais, já deve estar sabendo da atitude detestável de um dos repórteres do programa Pânico na TV. Um falta de respeito absurda por parte do programa para com os cosplayers e demais participantes do evento. Muito que um desrespeito, foi uma clara demonstração de ignorância e intolerância com as diferentes culturas, que resultou no mais do que justo banimento do Pânico na TV da CCXP. Se você ainda não viu, você pode clicar no link no final deste artigo. Mas enfim, deixando um pouco de lado as más notícias, nada mais oportuno do que eu falar um pouco sobre esse hobby que é o cosplay, não é mesmo?

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Se você já foi em algum evento de animes ou games (como os Anime Friends e Anime Dreams da vida) você com certeza já viu vários cosplays. A palavra Cosplay é uma abreviação de “costume roleplay”, que numa tradução livre significa interpretação de papéis em fantasias. E é isso que os cosplayers (nome dado aos adeptos do cosplay) fazem: vestem-se e caracterizam-se como seus personagens preferidos, sejam eles de animes, de games, de filmes, etc. Alguns fazem fantasias mais simples, só por diversão e curiosidade, e outros levam bem mais a sério, investindo uma grande quantia em dinheiro para atingir a perfeição na fantasia, sendo a representação absoluta desse personagem na vida real. Para muitos, o cosplay é muito mais que um hobby, sendo praticamente uma filosofia de vida.

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Um exemplo de pessoa que leva isso muito a sério é a cosplayer Isabeli Okada, que há muitos anos confecciona seus próprios cosplays e se apresenta em vários eventos regionais, e diga-se de passagem realiza um trabalho admirável até pra quem “não é chegado” nessa prática. E ela deu em primeira mão um depoimento para o Expresso do Oriente, expressando sua indignação sobre o recente ocorrido na CCXP e ainda fala sobre essa incrível prática que é o cosplay:

“O que eu posso dizer é que eu fico muito orgulhosa da comunidade de uma forma geral ver que este tipo de atitude é inadmissível! Somos pessoas e merecemos respeito como qualquer um. Temos um hobby saudável. Ali era o nosso espaço. O importante é que isso não se repita!

Não é um hobby barato. Nós pagamos pelas entradas, viagens, toda a roupa e fora os gastos extras. Ainda assim, após muitas horas de viagem, estamos sempre sorrindo e mesmo cansados, tentamos ser sempre educados! Mesmo assim, muita gente não respeita o nosso limite. Esquecem que ali é só uma representação, que atrás da máscara há uma pessoa como qualquer outra,

E é muito deselegante uma situação como essa. Fica chato para o evento, para a mídia (eu tenho MUITO receio em dar entrevistas por este motivo), para o público geral. A repercussão do caso abriu os olhos de muita gente para determinadas atitudes e isso, de uma forma geral, fez o pessoal repensar suas atitudes.”

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O cosplay acaba sendo muito mais que o ato de caracterizar-se como personagens dos quadrinhos ou de animes quando você não está fazendo isso sozinho. Muitos dos que aderem à pratica permanecem nela pois se identificam com os demais, e acabam encontrando o seu lugar, seja nos eventos de animes, nas exposições ou até mesmo nas redes sociais. O contrato social que o cosplay promove é uma coisa fantástica: entre os cosplayers raramente existe desrespeito ou preconceitos de qualquer tipo. E sim, realmente não é um hobby barato, mas eu acredito que não há preço que pague em ver as pessoas te admirando por algo que você conseguiu fazer com muito esforço.

E é isso aí pessoal, o texto dessa semana foi um pouco diferente, mas espero que tenham gostado! Vou deixar abaixo o link da page Okada TeaM, do casal Daniel e Isabeli Okada! Vale a pena conferir!