Garota Gamer – Tomb Raider
Locopassageiros, iremos viajar muito bem acompanhados ao lado da musa mais famosa dos games da cultura pop.
Esqueçam aquela Lara de antes, o mais recente jogo (2013) a cargo da famosérrima Crystal Dynamics associada à Square Enix, veio para romper esta visão e recriar a personagem. Se você estiver esperando um joguinho com a mesma jogabilidade dos seus predecessores, pode preparar a adrenalina e água quente para as futuras câimbras nos dedos. Nesta nova versão tudo foi mudado, mesmo!
Lara saiu do seu modo fodona e com visual sexista (shortinho curto com barriguinha de fora) e partiu para uma jovem recém-arqueóloga auxiliar (coitadinha, virou estagiária aprendiz) e parte integrante de uma equipe que está em busca de novas descobertas em mares japoneses.
Detalhe a ser observado e ouvido melhor dizendo. Ela é uma nova mulher, no entanto, ainda mantém a realeza no seu sotaque britânico, claro (na interpretação da atriz britânica Camilla Luddington, consagrada publicamente por seu trabalho na pele de ‘Jo Wilson’ na série Grey’s Anatomy) com auxílio da tenologia Mocap ( Pois é, o jogo custou pesado para os cofres da produtora). O lado ginasta da personagem é o melhor ainda (Essa mulher é uma atleta de ponta!)
Nesta nova versão, a Condessa de Abbingdon está descobrindo o significado real de seu sobrenome. E o gamer é convidado a conhecer esta nova mulher em sua primeira aventura solo antes da sua grandiosa fama.
Tomb Raider (PC) : An icon reborn
Lara Croft se baseia nos seus instintos humanos primitivos e nas lições teóricas (por favor, entendam a palavra teórica no sentido intelectual de sala de aula, gostaria de deixar bem explicito este detalhe) aprendidas no seu passado para sair com vida da ilha amaldiçoada pela lenda nipônica da deusa Yamatai. Logo após sofrer um devasto naufrágio (Wilson!… você já não está mais só).
Lara’s journal: “The thing about nightmares is sooner or later, you make up! How do I start? Okay…This place is incredible. I’ve seen wrecks here that could date back centuries. We weren’t the first and I know we are no talone. Something isn’t right about this place.”
Isto é só o começo, e analisando todo o enredo, atrevo-me a dizer que esta nova Lara sofre de um selvagem desbalanceamento Kármico. Porque não tem como explicar o motivo de tanta coisa dar errado durante os avanços do gamer no jogo. Possivelmente uma punição de alguma parte da geração familiar, talvez.
As forças naturais e sobrenaturais reinam por toda parte daquela ilha. Vou até selecionar em itens para facilitar:
1 – Escassez de comida;
2 – Ausência de medicamentos e primeiros socorros apropriados;
3 – Variações térmicas repentinas e climatologia totalmente maluca (tempestade de chuva, de ventos, relâmpagos, calor, nevasca e tudo o mais);
4 – Fuga de lobos famintos (assim como você eles também estão com fome);
5 – Ceita de Ritualistas Extremistas (Gente bizarra que deseja te matar);
6 – Canibalismo (Com estes não se tem diálogo);
7 – Tumbas e Onis (Fujam!);
8 – Voz sobrenatural da suposta Deusa Yamatai (possivelmente alguma das almas que ficou presa na ilha)
9 – Perseguição por brutamontes russos (sempre eles);
10 – Perda e desaparecimento de alguns integrantes da equipe(Impressão ou isto está parecendo com o enredo do seriado Lost?! … Enfim, continuemos);
Destaque especial para a Realidade Virtual, os gráficos são muito bons! Detalhes mínimos no ambiente e na personagem foram muito bem trabalhados ( ao aproximar a câmera você poderá notar pequenas cicatrizes, arranhões e cortes novos durante as horas de jogo). As roupas da nossa arqueóloga sofrem com o desgaste natural e vão envelhecendo e rasgando ao longo dos acontecimentos na linha de fogo pela sobrevivência.
Já a maquiagem da senhorita Croft, é perfeitamente aprovada pelo meu lado feminino! Não sai nem com água, sangue, pólvora e barro (Preciso saber qual é o fabricante do lápis, pois é bom mesmo! 😀 )
No modo armamentista, Lara deixou suas velhas parceiras (par de pistolas gemêas Heckler & Koch) e variou seu arsenal.
Como eu adoro arquearia, atacar de maneira silenciosa é um meio muito utilizado para infiltrar nas fortalezas inimigas. Mas se você é do tipo Ogro (Vai Hulk!) que é apaixonado por entradas arrebatadoras, a metralhadora será sua melhor companion, embora eu ainda prefira usar a escopeta (Only one Bang!)
Todas as fases são excelentes, mas a que me tirou do sério e demandou mais tempo foi dentro do inicio do coração da ilha, a região das Favelas (Sim, há favelas em uma ilha supostamente isolada e amaldiçoada). Finalmente entendi o lado de perigo de bala ao se habitar em um local deste tipo. Melhor maneira para um bom atirador é ficar nas alturas, esconder e observar pelos telhados é a maneira mais eficiente para ter-se uma visão melhor do perímetro.
Lara’s journal: “It’s clear that there’re people living here. And they’re organized. They’re killing and recruiting, but why? It’s some kind of cult. What are they looking for?.”
O enredo possui muita ação e suspense, mas o principal fato é que ele é ‘maquiado’ no sentido de criar a função de coerção externa da religião ou a submissão ao poder instituído. A Religião e o seu papel de domínio político, econômico e cultural em aplicar o poder do saber sobre um determinado código que por sua vez irá gerar a disciplina para dispor a mente a agir em favor de uma única concepção massiva de um especifico grupo ou tribo, ou seja, à obediência civil para a sobrevivência coletiva. (Ufa… filosofei demais agora né, Maquiavel).
Samantha’s journal: Family Story – “My grandmother used to tell me the store like it was a memory…Many thousands of years ago, Queen Himiko ruled the land Yamatai. The sun rose at Himiko’s command and she ruled everything its rays touched, from the mountains to the sea and beyond. But, one day, Yamatai simply disappeared without trace, forgotten in time.”
O momento mais tenso e chocante (apesar de ter de nadar em esgotos e lagos vermelhos de sangue) foi o CG que mostra Lara tentando salvar sua amiga jornalista Sam, de ser sacrificada viva (o pessoal adepto aos rituais desejava queimar ela para ver a escolha da grande deusa acontecer). Lara é capturada, desarmada e sofre uma surra horrível dos grandões russos, ela apanha muito, mas muito até sangrar. Inclusive é visível um corte feito nesta parte do game (Honestamente, eu senti dó dela e da dor que ela estaria sentindo). Em seguida, Lara é levada arrastada até próximo a sua amiga para vê-la morrer.
Descrevendo diálogos da cena e jogadora, claro:
Mathias (Leader) – This girl gains the blood of this land, she could be the key. The ritual of flames will show us true!
Sam – Hummm, hummm! (Grunhindo um grito abafado, pois estava amordaçada e amarrada).
Lara – Sam, I’m so sorry, so sorry. Look at me, just look at me … Sam!
*Eu – Gente ela vai morrer, não pode isso!
(PAUSA DRAMÁTICA … Ohhhh!…)
Enfim, o CG continua, mas meu spoiler não. Quem quiser saber o restante, vai ter de jogar mais de 70% do game.
Resumão: Eu curti esta nova Lara Croft, ela sofreu uma transformação na personalidade muito interessante, uma produtiva evolução, bem dizendo. Recomendo o jogo para os Boys e para as Girls :D.
PS: Eu tive de jogar o game duas vezes, porque tive um pequeno problema com o PC e acabei tendo de formata-lo. Agora, tenho um nobreak para me auxiliar.