Locomotiva Indica – Banda Zimbra

“Sou assim riso leve, depressão. Dois em mim, dentro de um coração, que não quer ser milhares em um só. Quando der passo a vida a alguém maior…”

Com essa frase depressiva começo o “Locomotiva Indica – Banda Zimbra”, eu sou Rafael Tanisho e você está prestes a embarcar em uma viagem profunda e sensível que te fará ter uma outra visão sobre alguns aspectos da vida.
Conheci a Zimbra no começo desse ano, num momento em que eu oscilava entre depressão e crises de ansiedade, por sugestão de um amigo. A música em questão se chamava “Viva” e ela me deu um choque de realidade foda e me jogou ainda mais pra baixo numa viagem depressiva pelo que eu realmente precisava refletir.

“Por isso viva independente do que te aconteça, embora não pareça eu sempre estarei do seu lado pra ajudar, pra te ouvir reclamar, das coisas simples que você sempre transforma num problema…”

“Coisas simples que eu sempre transformo num problema?” foi meu questionamento. Como aquela banda ousava dizer que eu estava transformando coisas simples em um problema? Me senti desafiado e ao mesmo tempo me identifiquei como protagonista.
Naquela altura do campeonato, eu e a Jéssica estávamos dando um tempo do nosso relacionamento e eu estava passando por “N” coisas que não vou listar aqui para não deixar ninguém com vontade de cometer suicídio kkkkkkkkk

Enfim, Zimbra é uma banda de Santos (SP) e traz um som que eu defino como “o que era para os Los Hermanos serem — se Los Hermanos fosse bom”. As melodias arrastadas e muito bem trabalhadas, a forma largada de cantar (largada, não morta), as letras intrigantes e ao mesmo tempo (algumas) muito clichês e óbvias me fizeram escutar os dois álbuns da banda até furar o disco (ou pelo menos tempo o suficiente pra essa banda ficar entre as mais tocadas na Apple Music no meu celular até hoje).
Ambos os discos trazem reflexões pessoais sobre momentos vividos e/ou experiências amorosas, porém um traz um conceito diferente do outro.

O álbum mais recente, intitulado de “Azul” é mais depressivo. As músicas, num geral, são baladas e muitas delas possuem metais acentuando momentos importantes como refrões, pontes ou pré-refrões. A música que destaco desse álbum é “Riso Leve”.
Me identifique demais com ela por causa da frase que inicia esse texto. Uma analogia que eu usava para explicar para as pessoas as minhas oscilações entre a depressão e ansiedade é: Imagine uma sala sem ninguém. Sem móveis, sem cores, sem vida… Imaginou? Agora imagine que de repente apareceram quinhentas pessoas ao mesmo tempo nessa sala, uma querendo gritar mais alto do que a outra… Imaginou?
A sala vazia refletia os meus momentos de depressão… A indiferença perante a tudo do meu dia a dia. A sala cheia com pessoas gritando representa as minhas crises de ansiedade, a minha confusão, vários sentimentos, gritando em plenos pulmões, o que eu deveria sentir. Por isso “Dois em mim, dentro de um coração, que não quer ser milhares em um só…”. Escute agora “Riso Leve”

“O Tudo, o nada e o mundo” é mais “esperançoso”. A sua faixa mais conhecida “Viva” é uma súplica para que a pessoa (não consegui definir se o protagonista se referia a um amor, um amigo, parente ou qualquer outro relacionamento) não desista daquilo que se quer. Ele clama por um novo começo, pelo tempo que se foi, pela chance de fazer diferente e isso é lindamente quebrado quando a frase “Deixa eu mostrar que a confusão que a gente faz é parecida entre a gente” entra. Ele admite as falhas, admite os erros, admite que as vezes complicamos demais as coisas… É lindo! Por isso, fique com a música “Viva”

E pra finalizar essa minha recomendação, mais duas das minhas músicas favoritas da Zimbra.

“Trem”

“O Redator”

Espero que tenham gostado da recomendação, que se identifiquem, que se emocionem e até a próxima!
Falou!

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