Complexo de Édipo – Édipo Rei
Oi gente, tudo bem com vocês?
Como eu prometi, aqui está: Complexo de Édipo.
Esse termo foi criado por Freud e inspirado na tragédia grega Édipo Rei, de Sófocles.
Pra situar melhor vocês, vou compartilhar um resumo da história (que sim, tem “spoilers”) :
“O mito Édipo Rei conta a história do rei Laio, esposo de Jocasta, que após uma consulta aos oráculos, lhe é revelado que seu filho o matará e se casará com a rainha. Para evitar o parricídio e o incesto, Laio ordena ao seu servo que abandone a criança no alto da montanha com os pés amarrados. Porém, o servo do rei fica comovido e decide entregar a criança a Polípio, rei de Corinto, para que ele e sua esposa Mérope cuidem dela. E assim é feito, Polípio leva o menino para sua casa e lhe dá o nome de Édipo. Passam-se os anos e Édipo, em uma curiosa consulta aos oráculos, descobre que ele matará seu pai e se casará com sua mãe. Sem saber que Polípio e Mérope não são seus pais biológicos, Édipo decide sair de Corinto, pensando que assim, evitaria a consumação das profecias oraculares. Na fuga de Corinto, Édipo é atacado pela tropa do rei Laio e, em legítima defesa, acaba matando o rei. Édipo chega à Tebas, vence a esfinge, se torna tirano e casa-se com Jocasta, ou seja, desconhecendo a sua história, Édipo vai ao encontro do seu trágico destino: mata o próprio pai e casa-se com a mãe.”
Primeiro de tudo, acalmem-se! Nenhuma criança vai matar, nem roubar a mulher do pai (ou o marido da mãe) ok?
Uma das coisas que quando estudava eu falava é: Freud não é para todos!
Motivo: hoje, sua teoria talvez assuste (e com certeza na época também) e por se tratar de crianças em desenvolvimento, se torna “absurdo” se levar “ao pé da letra”. Mas não é assim, tá? Vou explicar da melhor forma possível para que não fiquem com dúvidas ou achando Freud um demônio rs.
Na teoria de Freud, a criança tem o seu desenvolvimento psicossexual em 5 fases. Ah, esse desenvolvimento psicossexual nada tem a ver com SEXO, ok? Pelo menos, não da forma que a gente pensa ;D. Essas fases tem grande importância no desenvolvimento da personalidade e influenciam o seu comportamento por toda a vida.
Se a criança não conseguir passar com êxito por essas fases, algumas fixações podem ocorrer. Fixação é ter um foco em uma dessas fases, mas vamos deixar esses detalhes pra outro post e nos concentrar no complexo de Édipo.
O Complexo de Édipo surge na terceira fase, entre os 3 e 6 anos de idade.
E Jéssica, o que é então, esse complexo de Édipo?
“Segundo Freud, é o desejo pela mãe e ciúme e raiva em relação a seu pai. Essencialmente, um menino se sente em concorrência com o pai por posse de sua mãe. Ele vê seu pai como um rival para suas atenções e afetos.”
Ah, e por mais que falemos do menino, isso ocorre com as meninas também, e alguns teóricos para diferenciar chama de complexo de Elétrica… Mas acontece a mesma coisa, portante… seguiremos…
Quando a criança nasce, ela está completamente ligada aos pais, pela satisfação das necessidades, cuidados, etc. A criança está completamente dependente dos pais, em uma espécie de fusão, visto que a criança não existe sozinha e separada dos pais. Os pais garantem a satisfação das suas necessidades e a total proteção do meio.
A criança cresce em uma relação triangular (filho, pai e mãe), crescendo com a ideia que os pais, fazem parte de si – já que é extremamente dependente. Vendo-os como um mecanismo “seu” para satisfazer as suas necessidades. O Complexo de Édipo vem então, “frustrar” a criança, marcando a separação entre ela e os pais, neste momento a criança começa a perceber que não é o centro do mundo, que o amor não é unicamente para si e que os pais não a podem proteger completamente do mundo.
Percebendo que o pai e a mãe possuem uma relação, e não compartilham com ele. A criança responsabiliza internamente o progenitor do mesmo sexo pela separação, ambicionando o amor e proteção total como tinha no início pelo progenitor do sexo oposto.
Assim, nesta fase, a criança dirige sentimentos hostis em relação progenitor do mesmo sexo ou a qualquer outra coisa que desvie o amor e atenção do progenitor do sexo oposto. Porém, ao mesmo tempo que o menino é hostil para o pai porque lhe tira o amor da mãe, o menino ambiciona ser como o pai, identificando-se com o mesmo, visto que este conseguiu ter o amor da mãe.
E aí, conseguiram entender?
Caso ainda reste alguma dúvida, assistam esse vídeo que explica direitinho como o complexo de édipo funciona (me ajudou bastante na faculdade).
É isso gente, espero que vocês tenham gostado dessa breve explicação.
Qualquer dúvida, sugestão, critica ou elogio, só mandar um comentário ou um email 😉
Beijinhos
🙂
Até a próxima!
Fantástica Explanação!
Muito obrigada, Ellye!
:*