Dificuldade em se relacionar – Joey – FRIENDS
Oi gente!
Tudo bem com vocês?
Hoje eu trouxe mais um personagem de FRIENDS!
O Joey, e bem, acredito que vocês possam entender porque ele está aqui, certo?
Pra quem não conhece e pra quem quer um breve (bem breve mesmo) resumo:
Joey tem dificuldades em se manter em relacionamentos monogâmicos. Quem acompanhou mesmo que poucos episódios sabe que o Joey não consegue se manter em um namoro sério, que está sempre saindo com mais de uma garota e quando se apaixonou, bem… Não deu certo.
Mas e aí, essa dificuldade de se relacionar é um problema sério?
Bom, o Joey é o único irmão entre 7 irmãs, não é uma pessoa tímida, pelo contrário. É extrovertido, tem vários amigos e se dá bem com todo mundo.
Então, se o problema dele não é timidez.. é o que?
Quando se está em um relacionamento com outra pessoa, existe a intimidade, a paciência que se deve exercer e a tolerância.
Essas questões podem ser difíceis para algumas pessoas. Que estão fixadas em uma posição narcisista, e isto significa que vivem na ilusão de se bastar, de não precisar dos outros. Muitas vezes são hipersensíveis e têm medo de se machucar. Noutras, falta sensibilidade para a convivência íntima.
É isso que o Joey parece ser? Bem, no meu ponto de vista, sim!
Em nenhum episódio ele demonstra querer estar com alguém durante a vida toda (exceto quando se apaixona pela Rachel ou pela sua companheira de quarto) . Quando ele está em um relacionamento mais sério, ele mesmo acaba se sabotando, ou então buscando relacionamentos fora do que ele já está.
Mas será que isso tem a ver com alguma questão lá da infância? (e de novo, sem entrar nas questões edipianas).
Bom, segundo o psicanalista Sergio Savian “Os relacionamentos na vida adulta tem sim a ver com questões bem ou mal resolvidas da vida infantil. Nossos relacionamentos costumam acontecer como extensão das relações que tivemos com a família original. Uma criança que recebe amor, introjeta este sentimento, e na vida adulta, sente que tem muito a oferecer. Na relação com nossos familiares adquirimos hábitos comportamentais mais ou menos saudáveis. Ao analisarmos a história de alguém que não consegue se vincular afetivamente, encontraremos motivos que o fizeram se retrair.”
“Na primeira infância, até os 4 ou 6 meses de idade, não temos condições de enxergar a mãe como um ser completo, com suas qualidades e defeitos. Temos a fantasia de que ela possui tudo o que precisamos. Com o passar do tempo, nos damos conta que a mesma mãe que nos alimenta e nos cuida, também nos falta. Devido à imensa dependência e vulnerabilidade, desenvolvemos uma ansiedade paranoica, fantasiando a perda da mãe. A partir do segundo semestre de vida já temos a percepção de que a mãe não é perfeita e passamos a aceitá-la da forma que ela é. Pessoas que não conseguem se vincular são perfeccionistas, estão fixadas em uma posição infantil. Não entendem que ninguém é perfeito, nem mesmo os relacionamentos o são.”
Mas aí você deve estar se perguntando: Ok, Jéssica. O Joey tem esse problema mesmo e talvez eu tenha algum amigo ou mesmo seja do mesmo jeito que ele, o que eu posso fazer?
Bom, é mais simples do que você pode imaginar.
A análise ou terapia podem ajudar. Através delas poderá compreender a própria história, os motivos pelos quais se tornou assim, e claro, mudar esse padrão de comportamento.
☺
Bom gente, é isso!
Espero que tenham gostado!
Qualquer dúvida, elogio, crítica ou sugestão, só comentar aqui em baixo!
E pra semana que vem, Complexo de Édipo!
Beijinhos :**
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