Cosplay como fenômeno psicosocial
Oi gente, tudo bem com vocês?
Como vocês sabem esse final de semana aconteceu a Comic Con Experience e o que sempre nos chama a atenção nesse tipo de evento são os cosplayers! São eles que dão toda uma imagem diferente ao que estamos vivenciando.
Encontrar seu personagem favorito é MÁGICO! (esses são 3 dos meus <3)
E se é mágico para nós, admiradores de cosplayers, imagina pra quem é cosplayer?
Pois é, mas eu sei que tem uma galera do mal que solta frases como: “cosplay é coisa de criança”, ou “que ridículo usando roupa de herói” ou então: “que raio de personagem é esse?” e várias outras formas de depreciar a imagem do cosplayer.
Inclusive tivemos casos de dizerem que cosplayer não tem personalidade! Mas veja bem, isso é totalmente errado!
O cosplay é um fenômeno psicossocial muito importante, em que o individuo pode ter o desejo de ser herói (ou vilão, ou mocinha em perigo, ou um simples personagem)
Mas vamos começar com:
O que é cosplay/cosplayer?
Eu sei, eu sei! Sei que a maioria aqui sabe o que é, mas vamos com uma definição bem bonitinha e explicativa?
“Fazer um cosplay não é somente vestir uma roupa, mas encarnar um personagem, seu jeito, suas poses, seu modo de falar, de se portar. Cosplay é se fantasiar do seu personagem favorito, seja ele de um animê videogame ou comic”.
Diferente do que muitos pensam, o cosplay possibilita uma identificação social com um determinado grupo, no caso, o grupo que participa e/ou admira os cosplayers.
Ele aumenta sim o circulo social e a interação de muitos jovens tímidos com as outras pessoas. Quando o inviduo está dentro do personagem, quando ele age como o personagem ele não deve deixar transparecer a sua “humanidade”, certo? Com isso, facilita (e muito) que amizades sejam criadas, que vínculos sejam formados.
Mas Jéssica, você tá falando aí de grupo social, é tipo grupo de escola?
Não. Ou melhor, não exatamente, apesar de ser uma maneira simples de entender. Nós sempre buscamos pessoas com os mesmos gostos que a gente, certo? Começamos a criar um vinculo de amizade com alguém porque ela também gosta daquele cantor, ou daquele filme ou até daquela matéria chata da escola. Essa é uma tendência natural de todo ser humano: procurar por semelhantes. Quando ocorre essa identificação é estabelecido um vinculo social, uma associação humana. Quando ocorrem várias associações humanas, passou a existir um grupo social.
Fácil, né? 🙂
Ah, os grupos sociais também tem uma forma de organização, mesmo que simples e quase imperceptível. Os membros do grupo social tem uma consciência grupal, sabe: “nós” ao invés de “eu”.
E pode reparar, quando um cosplayer fala sobre sua atividade, ele fala sempre no coletivo (<3)
Mas, agora que vocês já entenderam bem brevemente o que é grupo social, vocês acham ainda que cosplay é fechado? Que cosplayer não tem vinculo social?
Mas, além disso, vemos o quanto a fantasia é importante na nossa vida, desde a infância, como já falei aqui mas também é importante na vida adulta, para que possamos viver de maneira mais “leve” a nossa realidade.
Por isso, além de um fenômeno psicossocial, ser cosplayer é uma maneira de viver a vida, não apenas na fantasia, mas em alguns momentos em uma realidade bem melhor do que a nossa.
Não julguem, não critiquem, deixe quem vive o cosplay realmente VIVER aquele momento como seu personagem favorito. É um trabalho lindo e admirável.
Se você é cosplay, conta pra gente sobre a sua experiência, como isso afeta a sua vida, como as pessoas reagem quando você conta que é cosplayer!
Dúvidas, criticas, sugestões, elogios, fotos, ideias de cosplay pra mim (um dia eu faço do a Bela – A Bela e a Fera, ah faço) escreve aqui nos comentários!
Beijinhos :**