Síndrome de Rapunzel
Oi gente, tudo bem com vocês?
Seguindo as postagens com as síndromes com nomes de personagens, hoje vamos conhecer um pouco sobre a síndrome que leva como nome uma das minhas personagens favoritas dos contos de fadas: Rapunzel.
Mas não, essa síndrome nada tem a ver com jogar os seus cabelos de cima de uma torre não… Aliás, seria talvez melhor se fosse assim…
E pra quem não conhece a história, um link com uma das minhas versões preferidas (e não é da disney)
“A Síndrome de Rapunzel consiste na formação de uma bola de cabelo dentro do estômago da pessoa em questão, até que se forme uma corda, semelhante às tranças de Rapunzel.”
Mas Jéssica, como assim? O cabelo começa a crescer dentro dela, por conta de alguma disfunção psicológica? Tipo… Uma gravidez psicológica?
Não, não, caro leitor… A síndrome só ocorre caso a pessoa tenha a doença tricotilomania com tricofagia.
Eu sei, eu sei. Nomes bem estranhos.
Vou explicar bem bonitinho para vocês:
Tricotilomania é um transtorno psicológico que faz com que a pessoa arranque os próprios cabelos, uma espécie de automutilação.
Já a tricofagia, é quando a pessoa que possui tricotilomania, não apenas arranca seus cabelos, mas comece a comer a raiz, morde os fios ou come partes do cabelo mesmo.
Esse comportamento associado à tricotilomania pode fazer com que a pessoa desenvolva a síndrome de Rapunzel.
As pessoas com essa síndrome tentam esconder as consequências, usando chapéus, bonés, e até mesmo implantes ou perucas. Além disso elas também podem evitar situações em que essa perda do cabelo seja exposta, como nadar, fazer exercícios e dançar.
A síndrome de Rapunzel não é uma doença psicológica, mas sim gastrointestinal. Pode causar sérias consequências como dores abdominais, náuseas, inchaço, vômitos, e caso a cirurgia não seja feito a tempo, causa até mesmo a morte.
Deixando de forma mais clara, é uma doença FÍSICA em consequência a um transtorno psicológico.
Mas aí você pode estar me questionando: Mas além da cirurgia, ela tem tratamento?
Sim, a síndrome tem tratamento sim. Utilizando estratégias multidisciplinares, é possível curar a pessoa da síndrome.
No caso, apoio psicológico, médico e farmacêutico. Em alguns casos, processos de hipnose também são utilizados.
Não existe uma formula mágica, cada paciente reage de uma maneira ao tratamento.
Bom gente, por hoje é isso. Espero de coração que estejam gostando.
E como eu sempre digo: dúvida, crítica, elogio, sugestão, só mandar pra gente !
Beijinhos :**
Fonte: Superinteressante
Apostila de Psicopatologia