No Divã dos Personagens – Harley Quinn
Oi gente! Tudo bem com vocês?
Bom, hoje a personagem é a Harley Quinn, ou Arlequina, e o transtorno de personalidade borderline, vamos lá?
Bom, primeiro, vou esclarecer que o transtorno de personalidade não surge do nada, viu? As pessoas sempre foram assim, e, alguns casos aparecem com maior intensidade em determinados momentos da vida.
Vamos primeiro conhecer um pouquinho da origem da Harley:
“Harleen Frances Quinzel era uma estudante modelo, que além de receber notas altas na faculdade, também era uma ginasta dedicada – o que lhe garantiu uma bolsa de estudos na Universidade de Gotham City. Ela se formou em medicina e conseguiu seu primeiro emprego no hospital psiquiátrico chamado Elizabeth Arkham Asylum for the Criminally Insane, mais conhecido como “Arkham Asylum”.
Apesar de trabalhar com vários criminosos lunáticos no Arkham, ela ficou fascinada por um detento em particular – o Coringa. Harley se voluntariou para tratá-lo e durante suas sessões, o Coringa falava sobre um passado trágico onde seu próprio pai teria abusado dele. Ela sentiu empatia e se deixou seduzir, rapidamente se apaixonando pelo paciente. Depois de ajudá-lo a fugir do hospital, Harley foi apontada como suspeita pelas autoridades, que revogaram sua licença e a prenderam. Ela consegue fugir e inicia sua vida como a criminosa Harley Quinn, braço direito do Coringa.”
Pouco pude encontrar sobre a história da adolescência de Harley, portanto, levando em consideração o que é apresentado, pode-se notar a personalidade borderline da doutora.
Mas Jéssica, já ouvi falar, mas o que exatamente é isso?
Bom, o transtorno borderline acomete, em sua maioria, mulheres (mas homens também podem sofrer disso, viu?), configura-se por pessoas que vivem sempre “na borda”, “no limite” entre a neurose e a psicose.
As pessoas com Síndrome de Borderline frequentemente têm momentos em que estão estáveis, que alternam com surtos psicóticos, manifestando comportamentos descontrolados. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência, geralmente quando se tem o ”primeiro amor” e se tornam mais frequentes no início da vida adulta.
Muitas pessoas confundem com a doença bipolar, pois o humor de quem é border sofre alterações frequentes, porém, a duração e intensidade das emoções são diferentes.
O borderline se caracteriza por uma instabilidade emocional, esforços excessivos para evitar o abandono, tem tendência a se envolver em relacionamentos instáveis e intensos.
Bom, é claramente perceptível que o relacionamento dos dois não é nem um pouco saudável, muito menos “normal”, né?
Harley se submete a tudo para não perder o seu amado. Ela aceita sofrer consequências terríveis por conta de um amor.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline se esforçam freneticamente para evitarem um abandono, seja um abandono real ou imaginado. A perspectiva da separação, perda ou rejeição podem ocasionar profundas alterações na auto-imagem, afeto, cognição e no comportamento. O Borderline vive exigindo apoio, afeto e amor continuadamente. Sem isso, aflora o temor à solidão ou a incapacidade de ficar só, em presença de si mesmo.
Uma pessoa que é borderline é 100% emoção e 0% razão, age por impulso, sem pensar, para não perder o seu amado.
Esses indivíduos são muito sensíveis às circunstâncias ambientais e o intenso temor de abandono, mesmo diante de uma separação exigida pelo cotidiano e por tempo limitado, são muito mal vivenciadas pelo Borderline. Esse medo do abandono está relacionado a uma grande intolerância à solidão e à necessidade de ter outras pessoas consigo. Seus esforços frenéticos para evitar o abandono podem incluir ações impulsivas, tais como comportamentos de automutilação ou ameaças de suicídio.
Os Borderlines são pouco capazes de se empenharem numa tarefa com persistência e acuidade. Desistem do esforço e circulam em torno daquilo que é preciso fazer, mas não fazem.
A personalidade do Borderline é como uma peça de teatro onde os atores coadjuvantes estão sempre esperando ele, o ator principal. Trata-se de um ego que não tolera o vazio, a separação, a ausência, caso isso ocorra, há o desespero, as ameaças, o drama.
É isso que vemos na médica Harley Quinn, quando ela se apaixona pelo Coringa, até mesmo a sua profissão é deixada de lado, pois o que ela sente por ele é maior que tudo.
Vocês podem estar pensando: “Mas Jéssica, isso é amor”.
Bom, pode sim ser amor, mas a dependência que ela sente e o medo e desespero pelo abandono é bem maior.
Bom gente, é isso.
Espero que vocês tenham entendido um pouquinho sobre a personalidade borderline.
Dúvida, crítica, sugestão, elogio, etc, escrevam pra gente!
🙂
Beijinhos :**
Fontes utilizadas:
Apostila de psicopatologia
Psiquiweb.med
Olá Jéssica. Perfeita postagem, sou borderline e é realmente da forma que vc escreveu, nos termos dela se submeter a tudo por ele. A única coisa que contesto mesmo, é o profissional, Borderlines transbordam sentimento, então geralmente tem sucesso, eu por exemplo, lidero por amor (borderline), sempre fiquei tempos a mais, da carga horaria, (amo tudo o que faço, agora curso Direito, mas antes vendia alarmes e amava, me entregava de coração a tudo). Tudo é extremo no Border….sabe uma que vc pode ver claramente o Border? Amy Winehouse. Letras, amor doentio pelo marido, destruição de si mesma, modo como se entrega de alma nos shows, ou escreve letras. Mas é algo que trás muito sofrimento, pois, o medo da rejeição em qualquer área da vida é pavoroso, e constante. Um vazio eterno, necessidade de outro pra se sentir alguém. Se ferir, o desespero dos que convivem. A alta taxa de suicídio. É algo mto complexo, mas é exatamente o que a Alerquina é. Entre nós borders, brincamos, se é amor ou border mesmo…
Olá Jessica,
Sou border e grande fã da Harley Quinn, sempre a achei perfeitamente borderline, mas essa é a primeira vez que leio algo que diga que o caso da Harley não é estocolmo, como a maioria diz ser! Não achei muitos textos que concordem com minha opinião e gostaria de saber se você pode me fornecer mais conteúdo a respeito da análise psicológica da personagem!
Um abraço.
Ótimo post.
Tenho um amigo que possue o transtorno, há 02 meses atrás um dos nossos amigos de infância se casou e mudou se para outra cidade, ele entrou em crise, fora que ele odeia a esposa desse amigo e bem evidente pra quem convive as extensas tentativas de controle do meio social que a gente vive, tipo ele sofre quando alguém viaja sozinho ou não pode ir a uma saída com amigos, isso gera várias ligações e promessas de não abondono.
Kelley, obrigada pelo comentário.
Eu nunca entrei em contato com nenhum border, pelo menos, não que eu saiba, mas realmente, é de se perceber essa situação complicada que quem convive com eles vive.
Uma dica que eu dou é, que além da paciência, vocês busquem sempre informações ^_^
E ah, por curiosidade, ele toma algum medicamento, faz o tratamento certinho? Apesar de não ter cura, é importante o acompanhamento para um melhor convívio social…
Beijoos
:**
1° coloca a fonte de onde tu pegou alguns trechos desse texto.. realmente boderline é um assunto bastante serio, … so corrigindo no texto diz q os borders sao pouco capazes de desempenhar uma tarefa c persistência e acuidade… pelo contrario, borderlines sao 100 %focados em seu trabalho,tudo q fazem querem a perfeiçao, escrevem muito bem, interpretam muito bem, teem faciladade de se expressar .etc..
Olá Michael, bom dia!
Primeiro, obrigada pelo comentário.
Quanto as fontes, o que eu utilizo como pesquisa são as minhas apostilas da faculdade, mas eu sempre procuro colocar quando copio algo diretamente, já verifiquei e atualizei com a fonte que foi utilizada para a apostila… Não me atentei a esse detalhe, falha minha…
Quanto a correção que fez, pesquisei em outras fontes e em sua maioria citam que os borders tem dificuldade sim de se empenharem nessas tarefas, justamente porque eles estão em busca de algo a mais que lhes dê sossego, mas dificilmente encontram…
Vou continuar pesquisando para conferir isso novamente, e caso veja que realmente está incorreto, altero a publicação 🙂
Beijos e novamente, muito obrigada 🙂
Oi sou borde e vc tá certa, tentamos fazer tudo ao mesmo tempo e no final nada da certo.não temos foco e nem capacidade de saber o que e bom ou ruim