Vagão Alternativo – Felicidade Inexistente
Felicidade Inexistente
Olá, humanoides, logicamente, bípedes de composição composta, tudo bem com vocês?
Hoje, iremos falar de algo muito feliz! 😀
A busca pela felicidade é uma das tantas metas do Ser Humano, ele passa a vida em busca de sua verdade singular que o leve para este estado de contentamento pleno e absoluto como descreve explicativamente no dicionário…
E se eu disser que a felicidade não existe? Digo, não em seu teor literal, ela tem sua prévia existência, mas de forma alguma segue a conotação literal da palavra. A felicidade é um estado de contentamento absoluto e sem resquícios de incômodo. Fico realmente indignado quando uma pessoa se auto-intitula “Feliz”. Não há como SER feliz, mas pode-se ESTAR feliz.
Vejamos… O contentamento é algo agradável para o ego, algo que o deixa inerte de abstrações e todas as anfetaminas são voltadas para um reacionário pleno, daí a felicidade. Porém, quando este estado passa, mesmo que seja anestesiado por um tempo, volta a buscar novamente a mesma condição.
Podemos entender que a busca para a felicidade é erronia em ser colocada desta maneira, pois a felicidade em si é uma busca, uma procura interminável por mais e mais contentamento, vemos então, a felicidade como realmente momentânea. O momento em que existe uma quebra na rotina existencial, ou mesmo no cotidiano, para um agrado ao egocentrismo, redirecionando seu foco para uma certa, se posso dizer, “esperança”.
Toda a convivência humana e sua interação por diversas maneiras diretas ou indiretas têm um foco principal… Tudo o que criamos e sustentamos, dentre religiões, crenças, dogmas, distrações, entretenimentos e tudo mais, são um modo de fuga da tão temida verdade absoluta que é a morte. Pois nascemos, crescemos, construímos legado, dentre todos os passos interagimos e logo depois morremos. Essa é a grande espera, esse é o grande sentido de tudo. E é por isso que o Ser Humano busca uma fuga, para esquecer o vazio desta verdade, buscando explicações e distrações, uma fuga na felicidade, uma abstinência de contentamento para anestesiar os sentidos e buscar um sentido para si.
Não é ruim se sentir feliz, muito pelo contrário, se as pessoas não se sentissem felizes, não haveria disposição suficiente para criar e inovar, é um bem/mal necessário para um plano vazio. Porém, se dispusermos de tranqüilidade para pensar e aceitar, não passa de uma auto-enganação…
Essa dissertação está longe de ser negativa, não pensem nestas palavras como uma “auto-ajuda do mal” ou mesmo como o pessimismo agindo por entre o sentido das coisas, apenas se dêem a ousadia de enxergar o Ser Humano como uma máquina, construída para uma determinada função… Toda máquina precisa de óleo para funcionar melhor, ajustes, e não pode ficar ligada 24hrs, caso contrário, estraga.
E volto a bater na mesma tecla: Somos meras máquinas de carne programadas para viver.
Mas agora complemento: E o que é a vida, senão uma aterrorizante espera para a morte?
Listo ^^
Hasta para todos e até a semana que vem, nesta mesma estação!
Continuem viajando!