Os Limites da Moda – Vagão Alternativo

E na passarela, a nova tendência do Inverno: Casaco em corte “V” confeccionado em pele de Taturana Vesga do Noroeste e conjunto feito de raspas de dentes de Jaguatirica Manca dos Grandes Alpes.

É, meus queridos seres providos de carbono e amoníaco, o que é essa “moda” que tanto é privilegiada por determinada classe e qual o limite dela? Quais são os limites da moda?

Determina-se moda, uma tendência que ganha força perante uma época ou legado grupal em fomentação de ideia, mas isso faz girar um mercado um tanto quanto abstrato demasiado para sustentar a ideia de necessidade.

A moda a ser abordada hoje, caros pensantes, é em seu sentido estereotipado, o vestir, o contexto de acessórios e vestes que cabem a um amontoado de pessoas.

Pronto, fiz a parte lógica. Agora, acompanhem o meu pensamento:
Por qual motivo, causa, razão ou circunstância, certos estilistas são tão doentes?

Quero dizer, as inovações e abstrações em meio a arte, são de total bonificação para a mesma, mas costumo me perguntar o quanto pode-se “inventar” perante uma determinada vertente. Quando o assunto é roupa, envolvendo um “toque do artista”, as coisas podem sair um pouco de controle, acho que vale citar o vestido de carne que a Lady Gaga andou usando um tempo atrás…

Pois é, entendo até que pode ser visto como uma “exposição” em corpo, como quando você vai até um atelier, vislumbrar belas pinturas ou obras de arte variadas e, se for possível, comprará uma para enfeitar sua sala, mas duvido que alguma pessoa, que não estivesse dentro de uma mídia excêntrica, expor-se-ia a usar algo tão abstrato durante sua rotina ou mesmo em uma festa, a não ser que seja temática.

Gosto de comparar a excentricidade da Lady Gaga e aquele vestido de carne com o Sr. Habacuc, que fez uma instalação com um cão enfermo amarrado por uma corda e o deixou morrer de fome (literalmente) em visão de uma plateia…

E chegamos ao mesmo conceito de tantas vezes… O LIMITE, será que ele existe? O limite da Arte, da Moda, do Humor…

Saiba mais, no próximo capítulo de Vagão Alternativo, que continuarei abordando o assunto…

Grande abraço no cerebelo, crianças…
Continuem viajando!