Olá, seres bípedes e respiradores de oxigênio, tudo bem com vocês? Hoje o assunto é bem interessante, tem a ver com seres também, porém não são bípedes e coisa e tal… Veremos hoje, animais incrivelmente estranhos e bizarros. Por quê?  Bom, por dois motivos: Primeiramente estou inspirado nesse maravilhoso Cast que acaba de sair sobre Bizarrices da Natureza qual esses garotos supimpas deste site do balacobaco fizeram (fizemos) e, segundo, é sempre bom vasculhar os mais altos reversos desse nosso planeta tão incrível e oculto ao mesmo tempo. Certo? Então vamos lá!

01 – O Peixe Humano

Ao contrário das teorias conspiratórias que devem ter passado por sua mente agora, não, ele não é um híbrido experimental entre humano e algum peixe. Se trata do Psychrolutes marcidus, ou, popularmente conhecido como Peixe Gota, ou Peixe Bolha, ou do inglês, Blobfish.

Esse curioso animal é encontrado na águas profundas da Austrália (sim, o lar dos bichos estranhos) e da Tasmânia. Seu corpo é de uma massa gelatinosa um pouco menos densa que a água, o que permite que ele flutue sem usar muita energia, entretanto, essa condição de falta de músculos não é nem um pouco desvantajosa, ele se alimenta de invertebrados, siris e coisas do tipo que flutuam por seu caminho. Um grande protetor, costuma sentar em seus ovos até que os filhotes quebrem a casca.

Seu risco de extinção fez com que a Ugly Animals Preservation Society o consagrasse com o título de “O Peixe Mais Feio do Mundo” em 2013 para uma possível conscientização de sua caça. Pelo que parece ele não gostou muito, vejam só a cara de tristonho que tem o coitado…

02 – Wooper, o Pokemón de Regeneração

Na verdade, eu não sei dizer se o Wooper tem mesmo essa capacidade, mas nosso amiguinho Oxolote tem. O Ambystoma mexicanum  é uma espécie de salamandra que não se desenvolve no estado larval, ou seja, guarda características do berço para toda a vida, como essas características brânquias externas. Ele é um ótimo exemplo de animais que passam pela pedomorfose, estudado na neotenia.

Seu nome científico se dá por seu habitat natural, lagos próximos da Cidade do México, um Oxolote adulto pode variar de 15 a 45 centímetros, porém os mais comuns são em torno dos 23. A questão da regeneração é de devido a capacidade que esta espécime tem de (literalmente) se refazer, não apenas o rabo, mas membros de seu corpo. Assim como as estrelas e pepinos do mar, essa coisinha fofa da foto tem esse poder.

03 – Macaco Mentiroso

Nasalis larvatu é o nome científico dessa figura e o que acontece: Essa espécie de símio encontrado nos mangues, tem o nariz alongado e bem flexível, como vocês podem ver nas fotos. Ele corre risco de extinção e o curioso, é que na época de acasalamento, o macho (esqueci de dizer, apenas o macho possui o narigão), bom, ele usa o nariz como um instrumento para uma melodia anasalada em prol de conquistar a fêmea. — Será que ele toca tão mal assim para estar quase em extinção? — Piadinhas a parte, uma crença do pessoal da Indonésia, diz que esses macacos são símbolos e guias da humanidade, onde ajudam o ser humano a encontrar a luz, mantendo vivo o bom caráter, amor e etc… Pois é, não julguem só pela aparência.

04 – Um Polvinho Diferente

Tão diferente que recebeu o apelido de “Polvo Dumbo” devido às aletas-orelhas que se projetam dos lados de seus mantos logo acima dos olhos que lembram as orelhas de elefante do personagem da Disney. Que maldade!

Batizado cientificamente de Grimpoteuthis, não sei dizer onde eles estão na cadeia evolutiva, pois não usam da propulsão para se locomover, como o restante dos polvos, as barbatanas são seu principal modo de locomoção, suas  armas são palmados, muitas vezes com suas correias atingindo até as pontas de seus braços. Ventosas estão presentes em uma única linha ao longo do comprimento de cada braço, bem como cirros (papilas carnudas ou mamilo-estruturas semelhantes ao longo das bordas inferiores dos braços) geralmente dois por ventosas. Sacos de tintas e flaps anal estão geralmente ausentes nesses animais. Sacos de tinta são órgãos compostos por uma glândula que secreta tinta, um saco que armazena a tinta, e um duto que conecta ao reto, onde é expelido. Esse saco geralmente aparece do lado de fora, embora possa ser coberto por um tecido prateado em algumas espécies.

Resumindo, o tal Polvo Dumbo tem uma “sainha” que cobre seus tentáculos e nada com as orelhas. Bizarro para um polvo, eu sei… O da foto é um pequeno e fofo, sobretudo, raríssimo.

05 – Darwin, we have a problem!

Algumas questões da seleção natural são realmente naturais no desenvolvimento da nossa percepção perante os animais, mas imagine a educação metódica qual temos e repassamos… Bom, nesse meio, está os ditos infantis do “pescoço da girafa” e blá blá blá… Daí vemos, em um ponto da evolução a tal Gazela Girafa, ou Litocranius walleri, é de confundir um pouquinho.

Sim, é uma gazela que, ao longo das eras, desenvolveu um pescoço comprido para se alimentar de plantas que estão mais altas, esse gene acabou passando e está aí até hoje. Ela é encontrada na África, onde vive alegre e saltitante. (trocadilho indispensável. ^^)

06 – O Engolidor de Almas

Na verdade não. É apenas um título chamativo para o nossa amiguinha Lampreia.

Esse é um nome comum que algumas espécies de peixes ciclóstomos anádromos levam. Eles têm a forma de uma enguia e a boca curiosa chama bastante a atenção: Se trata de uma ventosa circular que segue o mesmo diâmetro do corpo.  Um anel de cartilagem armado com uma “língua raspadora” tambpem cartilaginosa reforçam essa boca incomum.

Apesar dos pesares, nossa amiguinha não escapa de ser uma iguaria em vários países como Portugal, Espanha e França. Você pode encontra-la por um preço bem salgado, mesmo que ela viva em água doce. (ba dum tss)

07 – Abominável Caranguejo das Neves

Mais ou menos isso… Ele é realmente conhecido como “Carangueijo-Yeti”, mas não está relacionado diretamente ao Polo. Se trata do Kiwa hirsuta que naturalmente habita as fontes hidrotermais de grande profundidade.

É uma espécie consideravelmente nova, descoberta em 2016 depois que alguns foram capturados a mais de mil metros abaixo da superfície do Oceano pacífico

As maiores colônias desse bicho nojento pra caramba espécime é na Costa Rica e o mais curioso é que ele usa como fonte principal, a energia química do assoalho oceânico. Exato. Onde ele vive é vasto em rachaduras no piso do oceano e vertentes do composto de sulfureto de hidrogênio e a maior parte da alimentação do caranguejo vem de bactérias que, com o balanço de suas patas e movendo a água, ele alimenta as tais bactérias com oxigênio e sulfureto de hidrogênio, então colhe a comida usando pinças na região bucal.

Diferente da maioria dos outros crustáceos marinhos, de plânctons fotossintetizantes. Isótopos de carbono e ácidos graxos dos caranguejos parecem bater com aqueles da bactéria conversora de carbono, mais do que com plâncton. Seu nome “Kiwa puravida” significa “Pura vida”, justamente por tudo o que envolve a existência desse bicho nojento pra caramba ser.

08 – Meia Noite, o Pássaro dos Presságios Sombrios

Na verdade eu que acabei de inventar esse nome, nosso querido e extremamente magnífico Lophorina superba é conhecido mesmo como Ave-do-paraíso dentre as 43 espécies, destaca-se esta da foto
(que mereceu até uma foto extra para melhor demonstrar como a outra não é uma montagem e ele realmente some em seu soberbo e triunfal negro da penugem).

Seu habitat natural é pelas bandas da Austrália (olha ela aqui de novo), Nova Guiné, Indonésia e Ilhas Molucas. Medindo de 15 a 120 cm de comprimento, os machos da espécie possuem penas com cores incrivelmente hipnotizantes, está aí a foto para provar.

09 – Corram para as colinas!

É sério, Natureza, pra quê?

Ele é conhecido como “caranguejo-de-pernas-longas” ou “caranguejo-aranha-gigante”, mesmo que eu ache mais apropriado algo como “bicho-infernal-que-dá-medo-pra-caramba”, seu nome científico é Macrocheira kaempferi. Esse demônio que fugiu do inferno animal é encontrado em águas profundas do pacífico, relativamente abundante no Mar do Japão, esse espécime pode chegar até 3,8 metros de envergadura.

Vocês podem encontrar várias fotos e vídeos desse animal na internet, embora bizarro, já é um tanto comum para as pessoas. Quanto a mim, quero distância.

10 – Fóssil Vivo

Realmente conhecido como fóssil vivo, o Chlamydoselachus anguineus é a espécie viva mais rara que o mundo tem consciência até o momento. Popularmente conhecido como “Tubarão-cobra” ou “Tubarão-enguia”

Ele era considerado extinto até que em 24 de janeiro de 2007, houve a aparição de um exemplar no litoral do Japão. Porém, a espécie se encontrava em péssimo estado físico e morreu poucas horas depois de ser coletado.

O animal vive em águas profundas que vão desde 600 a 1000 meros, bom, mais ou menos…

Um pescador australiano (novamente, Austrália) conseguiu, por dádiva, capturar um exemplar nas águas de Victória (realmente uma vitória! [ba dum tss]), isso foi em 21 de janeiro de 2015. Entretanto, mais recentemente, em 18 de agosto de 2016, outro conseguiu ser capturado no Algarve a uma profundidade de 1200 metros.

Essa incrível criatura é a mais antiga encontrada viva até os dias de hoje, antes fósseis foram encontrados e datados com cerca de 80 milhões de anos. É realmente um fóssil vivo.

Bom, queridos seres providos de carbono e amoníaco, a natureza é realmente fascinante…

Por hoje é só ^^

Hasta

E continuem viajando!