Vagão Alternativo – Egoísmo
Olá, seres providos de carbono e amoníaco, como estão vossas capacidades cognitivas em vasta e aflorada abrangência curiosa?
Para quem leu o artigo sobre o Global Goals da semana passada, disse eu que falaria algo relacionado ao Comportamento Humano em suma base dissertativa, assim, sem baseio em grandes nomes da filosofia ou da psicologia… (Para quem ainda não está sabendo o que é Global Goal, acesse o link da matéria passada: http://locomotiva26.com.br/vagao-alternativo-o-mundo-tem-solucao/)
Vamos então;
EGOÍSMO.
Pronto. Toda a base acionária dessa raça humanoide está explicada.
Deixe-me explicar para você que ficou indignado em saber que não passa de um mero egoísta…
A base de nossa convivência, sociedade e a própria vida em si é uma grande troca, onde cambiamos infinitas formas de satisfação, seja material ou sentimental.
Estudiosos diriam que nossa civilização cresceu com ideia do desenvolvimento humano, sendo que, por pensar numa melhoria mutua, começara a estipular regras para um melhor convívio, baseadas na obrigação, como com uma criança: se for bom você ganha isso, se for ruim, será punido. Estas foram incoerentemente digeridas pelos nossos antepassados ainda deixando fortes vestígios na cultura atual (Sim, o nome disso é religião.).
Pois bem, para que a descrição seja melhor entendida, vamos direto ao ponto:
O ser humano faz tudo esperando uma recompensa. Ele baseia inconscientemente todas as suas ações no que tais possam lhe trazer em troca. Vejamos, exemplificando, se você se alimenta é para satisfazer a fome, se você caminha é para chegar a algum lugar, se você coça é para que a coceira cesse… Enfim, isso é óbvio.
Mas aí é o ponto, nosso comportamento perante a sociedade é apenas em prol de um sacio interior, logo, não existe altruísmo.
Sério, não existe. Compare: Você troca compra uma jaqueta nova “super linda” qual sacia sua vontade de possuí-la e faz com que suas anfetaminas de contentamento sejam afloradas, assim sentindo-se bem com isso. Ótimo. Isso foi bom para você.
Agora, você passa pelo farol e encontra uma família encostada no meio fio passando necessidades e pedindo esmolas, você logo arranca uma nota de dez reais e entrega e, antes que possa seguir caminho, ajuda uma senhora a atravessar a rua, o movimento está frenético na avenida e ela estava com dificuldades, veja lá! Ótimo, duas boas ações seguidas, com certeza a família e a senhora ficaram gratificadas com isso! Bom, mas no que isso reagiu? Você se sentiu bem por ter feito estas boas ações, suas anfetaminas de contentamento foram novamente afloradas, ou seja, VOCÊ está sentindo-se bem…
Hum… Encontramos uma encruzilhada: Quer dizer então que em nenhuma hipótese pensamos no próximo?
Na verdade, pensamos. Mas o “egoísmo” em questão surge impensadamente, inconscientemente… É como se encontrássemos um modo de nos sentir bem e ao mesmo tempo fazer com que o outro se sinta bem também… Mas, não é catalogável vez alguma qual possamos fazer algo sem sentir qualquer satisfação. Desde o próprio emprego, este que esperamos pelo salário (Visualizável), ou por pentear o cabelo, onde nos afeiçoamos conosco para melhor aceitar o convívio diário e nossas anfetaminas de contentamento se elevam…
Eu disse que não citaria nenhum pensador, mas o maior fruto das relações humanas “darem certo”… Bom, Freud pode explicar. Qualquer coisa, tento dizer do meu jeito um outro dia…
Mas agora fica a sugestão: Sejam o mais egoístas que puderem, se esse egoísmo for em prol de sua satisfação satisfazendo os outros também… É tão difícil do ser humano entender isso?
Hasta, amiguinhos e continuem viajando!!
^^